A jornada da Academia de Inovação Cidadã propõe a utilização de conceitos do Design Thinking para universitários de todo o país aplicarem a inovação social na prática. Sendo assim, que tal entendermos o que é Design Thinking?
Não possuindo apenas uma explicação correta, o Design Thinking pode ser visto como uma abordagem utilizada para resolver problemas de forma criativa e centrada no ser humano.
Com os problemas do mundo sendo cada dia mais complexos, o Design Thinking surge do princípio de que sozinhos, e apenas com o nosso ponto de vista, não conseguiremos resolver esse tipo de problema. Por conta disso, ele traz a necessidade de se mapear e mesclar a experiência de vida e os diferentes pontos de vistas das pessoas, de uma forma com que o grupo consiga uma visão mais completa sobre o problema, para assim conseguir resolvê-lo.
Sendo assim, ele pode ser descrito tanto como uma coleção de métodos e ferramentas que te ajudarão a resolver problemas, quanto como uma maneira de pensar e trabalhar.
O processo de Design Thinking, é sustentado por três pilares, que dão base para toda a jornada. São eles: a empatia, a colaboração e a experimentação.
A empatia é a capacidade de saber se colocar no lugar do outro. Nesse projeto, propomos aos estudantes resolverem problemas reais, de pessoas reais. Por isso, é preciso ter empatia. Afinal, a solução não servirá para estes estudantes, e sim para as pessoas que sofrem com o problema.
Colaboração é agir com o outro, somar forças. Nesse processo é preciso incluir todos os integrantes da equipe e também as pessoas que passam pelos problemas, para assim aprender com os outros pontos de vista. Assim, não será criado nada para outras pessoas, e sim com outras pessoas.
A experimentação é outro pilar fundamental do Design Thinking. Experimentar é aprender na prática. Pensar, planejar, estudar, são atividades necessárias, mas esse não será um projeto onde tudo isso será feito, e só no final os estudantes colocarão a mão na massa. Experimentar, testando as ideias na prática é o que faz toda a diferença, e isso será utilizado desde o começo do projeto.
Já que o Design Thinking propõe entendermos outros pontos de vista para solucionarmos um problema de forma criativa, algo essencial dentro dessa abordagem é a existência de etapas. Vamos entender um pouco mais sobre cada uma delas?
Na primeira etapa – Sentir – é onde o desafio começa. As equipes devem usar a empatia para escolher um problema de algum grupo de pessoas, e em seguida buscar entender seu ponto de vista sobre os problemas e necessidades que enfrentam. A etapa também pode possuir outros nomes sinônimos, como empatizar, imersão, etc.
Na segunda etapa – (Re)definir – a missão é sistematizar os dados coletados para finalmente redefinir o problema que a equipe irá resolver. A etapa também pode possuir outros nomes sinônimos, como sintetizar, definir, etc.
Na terceira etapa – Criar – é hora de dar asas à imaginação e formular uma hipótese de solução que resolva o problema daquelas pessoas. A etapa também pode possuir outros nomes sinônimos, como idealizar.
Na etapa Desenvolver, é hora de testar ideias na prática através de um protótipo, criando a oportunidade de validar suas funcionalidades e melhorar a proposta a partir de feedbacks. A etapa também pode possuir outros nomes sinônimos, como prototipar, testar, etc.
Na quinta e última etapa – Catalisar – cada equipe deverá pensar na viabilidade do seu projeto, para, então, finalmente, apresentar para a sociedade a solução proposta, colocando-a no mundo. A etapa também pode possuir outros nomes sinônimos, como implementar, entregar, etc.
Além disso, é importantíssimo saber que nem sempre o processo vai ser totalmente linear. Às vezes, as equipes sentirão a necessidade de dar algum passo atrás ou refazer alguma atividade, por exemplo. Esse “vai e volta”, refazendo algumas etapas, é comum em um processo de inovação e se chama iteratividade. É possível, e provável que aconteça durante a jornada.